Ir ao Psicólogo deveria ser encarado como algo totalmente natural, como parte dos cuidados que temos com o corpo, como ir ao dentista, ao médico, a academia, mas o que acontece é justamente o contrário. É muito comum a pessoa chegar ao meu consultório com alguma queixa. Quando pergunto há quanto tempo está se sentindo assim? A resposta muitas vezes é “há alguns anos”! Isso acontece devido ao preconceito que existe em torno das questões emocionais, a maioria das pessoas entende que procurar ajuda é um sinal de fraqueza por não ter dado conta de lidar com as próprias questões.
Na verdade, não é necessário ter uma queixa específica. Iniciar um processo de psicoterapia pode ser uma forma de autoconhecimento, de um melhor entendimento de como as emoções funcionam em você e nas diversas esferas da sua vida. Podemos dizer que esse seria um processo preventivo, da mesma forma que ir a academia auxilia na prevenção de algumas doenças, o autoconhecimento auxilia em uma melhor percepção de si mesmo, em conseguir tomar melhores decisões, alinhadas às suas reais necessidades e desejos, trazendo uma sensação de segurança.
Porém, na grande maioria das vezes, procuramos terapia quando as coisas já não andam muito bem ou quando já estamos lidando com sintomas (físicos e emocionais), como os da ansiedade, depressão, síndrome do pânico.
Os motivos que mais levam as pessoas à terapia são:
Questões deste tipo, quando não são bem elaboradas, causam um enorme desconforto, a sensação que fica é que nada funciona, a pessoa vai se sentindo cada vez mais desgastada, confusa e deslocada.
Buscar ajuda de um profissional é fundamental para readquirir o equilíbrio emocional. A fala em um campo neutro, sem julgamentos e convenções sociais, é o que permite elaborar essas questões, entender as marcas que ficaram e se reconectar consigo mesmo.