A maioria das pessoas entende que um relacionamento só é considerado como abusivo quando existe violência física, porém, é possível listar uma série de comportamentos que caracterizam um relacionamento deste tipo.
Ciúmes exagerado, reações de posse, controle sobre os interesses do parceiro, tentativas de impedir amizades, interferência nas relações familiares, violência física e verbal, humilhações, necessidade de diminuir a capacidade do companheiro, atrapalhar o crescimento profissional, manipulações, constrangimento diante de outras pessoas, críticas excessivas, esses são apenas alguns dos exemplos de atitudes que configuram um relacionamento abusivo.
Geralmente esses relacionamentos se iniciam como qualquer outro: é divertido, romântico, cheio de atitudes empolgantes, totalmente encantadoras e aos poucos é que se configuram como uma relação abusiva, onde o desejo de controlar o outro é tão intenso que ultrapassa todos os limites de uma relação saudável. A partir daí se instala uma relação de medo e muito sofrimento.
E quando observamos um casal com esse funcionamento, é comum pensarmos “por que fulana(o) não termina logo com isso?”
Um relacionamento com essa tônica mina completamente a autoestima, afinal se a pessoa que diz te amar te coloca numa posição tão desqualificada, essa ideia fica muito forte e você vai acreditar que não é tão interessante, tão inteligente, tão capaz, portanto, melhor ficar com essa pessoa que te ama.
A culpa também é um sentimento muito comum nessas situações, a parte que sofre o abuso tende a acreditar que as atitudes do(a) companheiro(a) são assim por sua culpa, se fosse uma pessoa melhor evitaria essas atitudes.
NÃO! Isso não é amor, isso não é saudável. Uma relação só vale a pena quando existe respeito dos dois lados.
Se você se identificou, se acredita que está vivendo uma relação abusiva e não consegue sair dela, procure ajuda, você precisa se fortalecer emocionalmente, reestabelecer seus laços familiares e de amizade, voltar a acreditar em você para que consiga sair dessa situação e sentir-se confiante, capaz de viver outros relacionamentos.